sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O AMOR NÃO É UM MITO, EU O VIVO. SINTO!


Era uma tarde escura e preocupante. Nuvens carregadas transtornavam o céu e a tempestade se fazia prenunciar. Sentada junto a mim, minha filha, então com seis anos de idade, observava serenamente o horizonte. Foi quando a questionei: - Meu anjo, o que você está vendo no céu? E ela prontamente respondeu: - Mãe, tem uma nuvenzinha grande, não dá pra ver o céu.

Mariana e seus achados... Ela estava com a razão. O meu céu fora estreitado pela “nuvenzinha”. A nuvem era o“meu” céu naquele instante. Mas o céu da Mariana era outro, infinitamente mais profundo, por trás da nuvem, acima da nuvem, mais elevado e denso, com sua imponência azul.

Há muito se apregoa que se você crê que pode algo ou se crê que não o pode, de qualquer modo você tem razão. Adapto esse pensamento à capacidade sentimental humana e afirmo que se você acredita poder viver o amor em sua mais pura essência ou se não acredita poder vivenciá-lo, também de qualquer forma você está correto. Cada qual observa o seu céu interior com a capacidade dos seus próprios olhos. Alguns enxergam a nuvem, outros, embora saibam que o céu esteja encoberto, conseguem vislumbrar outras galáxias.

Tenho alma de poeta. Já tentei racionalizar, descrer, argumentar comigo mesma acerca da utilidade do pragmatismo dos relacionamentos. Já sofri vezes tantas e outras tantas vezes me fiz afastar de potenciais amores... Mas a alma de poeta tem vetor para sentimentos de desmedidas dosagens.

E é assim que o amor, para mim, não é um mito, pois eu o vivo. Sinto. Não saberia explica-lo, mas me arrisco a asseverar que ele seja infinito, tenha cheiro de relva orvalhada, gosto de iogurte de morango e tenha a densidade inversamente proporcional ao desejo egoístico de “aprisionar” e “possuir” o ser amado.

Não critico, contudo, aquele que se detenha às nuvens tempestuosas. Chuvas e trovoadas podem inspirar paixões ardentes, beijos cálidos e intenções indecentes. E a paixão é um rascunho inacabado, um projeto falho, factível e inconseqüente do amor. A paixão é um amor estreitado. Mas quando se trata de amor, seja ele pleno ou centelha ínfima, ele pode ensinar-nos a ser maiores que nós mesmos.

Por Nara Ribeiro

4 comentários:

Nara disse...

Essa tal Nara Rúbia viaja demais, kkkkkkkkk


Nem eu me aguento, gente...rs

Beijos

Verinha disse...

Menina... qdo eu crescer quero aprender a amar e parar de me apaixonar kkkkkkkkkkkkk

Nara disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkk

é um bom aprendizado... rs

Terra Queimada disse...

Lindo: a paixão é um rascunho inacabado... sem comentários Nara Rubia