DIA INTERNACIONAL DA MULHER

by NARA RIBEIRO

Desde já, 
registro a minha homenagem a todas aquelas que menstruam.
Áquelas que ainda não menstruaram e àquelas que já pararam de sangrar.
Àquelas que já viram sangrar o peito,
a todas que já observaram cortar o umbilical cordão ao nascer o filho, 
e ainda a todas que suam sangue para sustentar e manter filhos que nem mesmo de si nasceram.

Fica a minha homenagem àquelas que emprestam sua alma à literatura e às ciências, 
à organização dos lares seus e de alheios lares.
Àquelas que não puderam cuidar de seus filhos, 
àquelas que pouco puderam acariciar seus rebentos por necessária provisão do sustento seus,
àquelas que se vêem necessitadas de abrigo, carentes de afeto, silentes de cantigas de acalanto ou mesmo entregues à sina de propiciarem o prazer carnal alheio em troca do pão-de-cada-dia,
àquelas que estudam, que ensinam, que alimentam de sonho e poesia a alma das pequenas e grandes criaturas.

Àquelas que parecem feitas de luz quando sorriem e àquelas que nunca souberam ou que desaprenderam a sorrir...

A todas as mulheres, minha sincera homenagem!!!

Nascer mulher tem sido, para mim, grande aprendizagem e incontestável missão.